Novamente a baixa qualidade dos equipamentos de vigilância dificultam o trabalho de investigação da polícia gaúcha.
O homicídio de um empresário em Capão da Canoa, na manhã desta sexta feira (16), foi registrado por câmeras de segurança de um edifício, mas o sistema é formado por equipamentos de qualidade muito inferior, o que dificultou a identificação dos detalhes do fato.
Segundo o tenente-coronel Paulo Ricardo da Silveira, comandante do 2° BPat, as imagens não foram aproveitadas.
- Havia uma câmera privada no prédio em frente do local do crime, mas a falta de foco da imagem não permitiu sequer identificar o modelo do veículo - diz o comandante.
Conforme a consultora comercial da área de segurança, Deise Meneghetti, uma câmera de qualidade, instalada em um prédio, é capaz de identificar a placa de um veículo que passa em frente ao edifício.
- Os equipamentos mais acessíveis, com tecnologia IP, já possuem resolução de vídeo de até 3 Megapixels, o que permite ampliar a imagem inúmeras vezes, podendo ver detalhes do carro, incluindo placa, adesivos característicos e até os passageiros - diz a consultora.
Como o setor de segurança eletrônica não possui regulamentação e normas técnicas específicas, permite que empresas pouco qualificadas e equipamentos de procedência duvidosa possam circular pelo mercado. O consumidor é quem mais perde com isso, pois pode adquirir um sistema de segurança que não cumprirá seu papel, quando necessário.